Clitóris, vagina, vulva, ureta, ânus, grandes e pequenos lábios. São vários os nomes, mas a verdade, mais do que sincera, é que a ordem dos fatores não altera o prazer. Enfia o dedo, só um pouquinho. Não, vai mais, coloca inteiro. Mais de um. Ainda está pouco. Usa um chuveirinho, porque praticidade é tudo, mas também o famoso consolo pode ajudar. Não esqueça que a lubrificação é essencial. Seja natural ou artificial. Vibrador, pênis de plástico, ou como bem quiser chamar. Esfrega. Massageia. Acaricia. Não seja tímida 💧💧
Você já ouviu falar em masturbação feminina? Pode parecer coisa de outro mundo, se você for um ser conservador e fundamentalista, mas mulher se masturba sim, senhor. Você tem algum problema com isso? Se o tema te causa algum espanto ou coisa pior, melhor rever seus conceitos que ditam que o pleno prazer merece ser usufruído dependendo do gênero da pessoa.
Não pretendo fazer deste texto uma espécie de guia ou manual pronto e acabado sobre masturbação feminina, até porque disso a internet já está cheia. Muitos procuram ‘‘ensinar’’ como e onde fazer, da maneira mais escondida, como se o ato da masturbação fosse pecado para a mulher que o pratica. Proporcionar-se prazer é pecado? Quem disse isso? A sua religião? A sua igreja? Diga-me o endereço para que eu fique bem longe dela.
Precisamos de mais gente disposta a conscientizar e empoderar nossas mulheres sobre a real importância da masturbação feminina e, acima de tudo, da descoberta dos seus próprios corpos. Estímulos e auto-conhecimento são termos norteadores aqui. Até um estudo da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, já comprovou que a masturbação reduz o estresse, as cólicas, o risco de diabetes, a depressão, melhora o sistema imunológico e ajuda a fortalecer a musculatura vaginal (o que aumenta o prazer e diminui a incontinência urinária)
E por que não costumamos ouvir nossas amigas conversando, abertamente, sobre siririca (outro nome para masturbação feminina)? Só homem que pode ‘‘bater punheta’’ para ser feliz e saudável? Punheta é tema de mesa de bar, escritório, bate-papo virtual, vai parar na tv, no cinema, é exposta pela publicidade em todos os cantos das cidades. E a siririca? Quem fala sobre isso sem o medo de ser julgada? Por que a balança só pesa para um lado? Chega de tacharem nossos corpos tão somente por partes, como num açougue. Chega de nos reduzirem a ‘‘órgão reprodutor feminino’’. Não somos máquina de procriação. Pela liberdade do nosso gozo puro e viscoso! Pelo grito estridente do nosso orgasmo tão intimo e pessoal!
Texto Escrita Subversiva
Espero que vocês tenha gostado , beijos de luz ✨